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Política 11/02/2020 às 09:12

Fonte: Mídia News

Escrito por: Mídia News

Taques acusa Zaque de prevaricação e pede para ser ouvido em caso


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Foto Por: Divulgação

O ex-governador Pedro Taques (PSDB) voltou a acusar o promotor de Justiça Mauro Zaque de prevaricação no caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira” e levantou suspeitas sobre uma possível ligação de Zaque com o ex-comandante-geral da PM de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa, que foi condenado no caso a oito anos de prisão, em regime semiaberto.

 

As informações são do Jornal A Gazeta, desta terça-feira (11).

 

Na reportagem, o tucano afirmou que, ao ser comunicado por Zaque – que à época era seu secretário de Segurança – de que teria uma ‘quadrilha’ dentro do seu governo envolvida com grampos ilegais, solicitou que o mesmo protocolasse oficialmente.

 

Porém, segundo o ex-governador, Mauro Zaque foi, um dia depois de comunicá-lo do esquema, se reunir com o coronel Zaqueu Barbosa.

 

“O então secretário de Segurança e promotor de Justiça, Mauro Zaque, ao invés de tomar as providências que eu pedi, ele imediatamente foi falar com o principal suspeito dele na época, e agora ao que consta condenado pela justiça militar", afirmou segundo o jornal.

 

“E não adianta falarem que não tem nada a ver, porque tem a ver sim. Porque nos autos já tem conversa e depoimento que fala que o senhor Mauro Zaque foi em Sinop como secretário de Segurança e lá ele junto com o coronel Zaqueu já sabiam do grampo. Está lá nos autos”, acrescentou.

 

Para Taques, o promotor ainda prevaricou no caso. Isso porque, segundo ele, Zaque encaminhou a denúncia à Procuradoria Geral da República (PGR) em janeiro de 2017, mas já sabia do caso desde 2015, quando deixou a Secretaria de Segurança insatisfeito com a não demissão dos envolvidos no caso.

 

“No depoimento ele diz que deu um prazo pessoal. Mas promotor de Justiça não pode dar prazo pessoal. Promotor de Justiça tem que cumprir prazo legal. Porque eu tomei a providências, mas eu quero saber por que ele não tomou as providências”, afirmou Taques.

 

Segundo o ex-governador, quando a PGR devolveu o processo para o Ministério Público afirmando que não tinha nada contra ele, Zaque teria pedido mais prazo para anexar provas.

 

“O promotor de Justiça Mauro Zaque pediu para a PGR esperar para ele juntar outras provas. Por que ele fez isso? Se ele como promotor de Justiça não poderia me investigar, porque eu era governador. Tem documentos nos autos, e-mail dele pedindo para a PGR esperar um pouco para que ele pudesse juntar outras provas contra mim”, disse.

 

Pedido de depoimento

 

Ainda segundo a reportagem, Taques pediu para ser ouvido no caso, seja "preso, solto, vivo ou morto".

 

“Eu virei investigado por denunciação caluniosa”, disse se referindo a investigação que o Naco Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária), abriu contra ele por conta de uma acusação de crime de falsificação de documento público, prevaricação e denunciação caluniosa que fez contra Zaque.

 

“Mas eles investigaram a prevaricação dele? Eu quero ser ouvido preso, solto, vivo, morto, mas eu quero ser ouvido. E quero que meu depoimento seja público. Porque o juiz Jorge Tadeu já afastou o sigilo. Apenas isso”, afirmou.

 

“Eu quero falar sobre isso, quando eu for ouvido, eu vou pedir ao senhor procurador de Justiça que um representante do Ministério Público se faça presente. Porque eu quero falar fatos a respeito de membros do Ministério Público”, completou.

 

Outro lado

 

Em resposta às declarações de Taques, o promotor de Justiça Mauro Zaque afirmou que o tucano usa a estratégia de atacar quem denunciou ou esquema por, segundo ele, não ter como rebater as provas colhidas no caso da grampolândia.

 

“Não externarei opinião quanto a eventuais provas pelo fato de que estão sob apuração e, ainda, não figuro como investigado. Nota-se, pois, que o sr Pedro Taques adota a postura clássica daquele que, não podendo enfrentar as provas colhidas nos autos, ataca quem denunciou todo o esquema”, disse.

 

“Sigo firme, tranquilo, de cabeça erguida, sem ter pelo que me envergonhar, acreditando nos trabalhos investigativos, no Ministério Público e no Poder Judiciário. Certo de que a Justiça, em breve, dará a inexorável resposta a que todos os cidadãos de Mato Grosso têm direto”, conclui.



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