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Política 13/09/2021 às 08:33

Fonte: Olhar Direto

Escrito por: Olhar Direto

Mauro reconhece que há distorções salariais entre servidores, mas diz que ainda não é momento para corrigi-las

Mauro ressalta que como governador seu papel é olhar para todo o estado. Bate na tecla que não pode governar apenas para uma categoria ou atender aos pedidos feitos por um único grupo.

As propostas de reajuste salarial para as categorias foram apresentadas pelos deputados João Batista (Pros) e Elizeu Nascimento (PSL).


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Foto Por: Divulgação

Diante das discussões realizadas na Assembleia Legislativa (ALMT) para a aprovação de emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) autorizando o governo estadual a conceder reajustes salariais a policiais penais e militares, o governador Mauro Mendes (DEM) admitiu distorções entre as carreiras públicas, mas que elas só serão corrigidas no momento certo e com estudos técnicos. O posicionamento reflete a orientação do Palácio Paiaguás para que os deputados da base não aprovem tais propostas.

 

“À medida que o governo vai melhorando, nós criamos espaço para fazer algumas correções de distorções ou desigualdades que possam existir dentro da administração pública. Sou sensível a isso, reconheço que existe e no momento certo e da forma correta nós haveremos de implantar algumas correções para reestabelecer a igualdade e isonomia entre os servidores públicos”, afirmou o governador à imprensa nesta sexta-feira (10), durante visita ao Pantanal mato-grossense.

 

As propostas de reajuste salarial para as categorias foram apresentadas pelos deputados João Batista (Pros) e Elizeu Nascimento (PSL). O texto-base da matéria foi aprovado em primeira votação na quinta-feira (09) e as emendas devem ser analisadas nas próximas sessões.

 

“Nós conversamos (com o deputado João Batista) e mostramos que algumas eventuais divergências que possam existir e que sejam gritantes, ai é justo e correto que sejam corrigidas, mas não nesse momento, nem dessa forma, os aumentos de despesas dentro dos poderes tem uma forma, conforme a Constituição, que podem acontecer. A iniciativa deve ser do chefe do Executivo, após algum estudo e impacto. Não posso tomar a decisão e depois saber o que vai acontecer. Muitas vezes isso já foi feito em Mato Grosso e a consequência todos sabem qual foi. Tomo decisões técnicas, medido os efeitos e as consequências”.

 

 

Mauro ressalta que como governador seu papel é olhar para todo o estado. Bate na tecla que não pode governar apenas para uma categoria ou atender aos pedidos feitos por um único grupo. Por conta disso, apesar de o estado ter recuperado sua capacidade financeira, ainda não é possível realizar tais concessões.

 

“Se eu for atender o interesse pessoal de cada um, vou quebrar Mato Grosso. Tento olhar macro, não posso olhar apenas para uma categoria. Não posso olhar apenas para os servidores, mas para toda população. Olhar para os 3,5 milhões e de forma macro atender a todos; não de forma específica e pontual”, declarou.

 

O democrata ainda ressaltou que apesar da impossibilidade de reajustar os salários das categorias, ele conversou com alguns parlamentares e autorizou sua base a votar favorável à emenda que estabelece a Revisão Geral Anual (RGA) referente a 2021 no patamar de 6,05%.

 

“Foi um trabalho feito pela Assembleia, mas com nossa autorização, de que poderia aumentar a RGA para 6,05% e com isso destravou. Outros pontos que estavam travando foram conversados e pacificados”, explicou.

 

Sobre as reclamações dos deputados de oposição, de que a porcentagem deveria ser maior, Mauro argumentou que não vivemos no mundo ideal. “Temos que ter responsabilidade, pois o estado existe para todos os cidadãos; não para um setor A ou B. Ninguém pode esquecer que há dois anos e oito meses, o estado não conseguia nem pagar salário. Graças a Deus recuperamos isso, viramos essa página, pagando em dia e realizando muitas obras, devolvendo ao cidadão tudo aquilo que pagamos em forma de impostos”.



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